Notice: A função _load_textdomain_just_in_time foi chamada incorretamente. O carregamento da tradução para o domínio twentysixteen foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home1/sandr591/public_html/wp-includes/functions.php on line 6114
Arquivos quadro - Sandra Filardi

O deslumbre em azul

Às     vezes precisamos descansar a mente e dormir um pouco. Quando a mente descansa ela ativa regiões que nos fazem lembrar o que já sabemos. Me veio assim, dormindo, “PENSAMENTO CORUJA”. Há coisa que não carecem de explicação, apenas são.

Quando estive na Itália, vislumbrei um azul que me encantou. O Mar Tirreno e o Mediterrâneo são assim, um deslumbre, puro encantamento, êxtase azul que enche os olhos, enche o coração. Santa Teresa di Gallura na Sardenha é assim, puro azul.

image03

Em Santa Tereza di Gallura pegamos uma embarcação que nos levou até Bonifácio, em Córsega, França. Alguns dias este mar fica muito bravo, tamanha beleza também assusta.

Viajei até Ajaccio e vi o azul se intensificando. Muitas pedras, um mar bravo, vento gelado de abril, uma beleza diferente, surpresa em cores.

Esse azul ficou e o trouxe comigo na memória e no coração. O artista é assim, um misto do que sente, do que vivencia, do que apreende. A arte retrata memórias, elabora sentimentos, expressa emoções.

Às vezes conseguimos falar delas, muitas vezes só transferimos para a pintura como forma de expressão. A arte permite falar sem palavras e fica eternizado um momento, um sentimento, uma forma de pensar nossa e daqueles com quem compartilhamos a existência.

Derramei assim goma de acácia e deixei que pigmentos azuis trazidos da Itália reagissem na tela branca. Azul profundo, turquesa, simplesmente azuis, abrindo como veias de um coração palpitante.

Eu sempre vejo flores e as deixei como surgiram, assim da minha memória para a tela. Pintei galhos, poucos. Pouco agi. Somente deixei que esta obra acontecesse. Fruto de um misto de sentimentos, emoções e memória do mar da Itália e França que embriagou o meu olhar de azul, o mais puro azul que já vislumbrei.

azulTirreno-Lu